ENGIE Brasil Energia registra aumento de 56,8% no lucro líquido ajustado no segundo trimestre

Renováveis

Destaques Financeiros:

• A receita operacional líquida da Companhia atingiu R$ 2.610 milhões no 2T23, 12,9% (R$ 386 milhões) abaixo do montante apurado no 2T22.
• O Ebitda ajustado foi de R$ 1.798 milhões, redução de 5,2% (R$ 99 milhões) em comparação ao 2T22. O Ebitda ajustado por efeitos de transmissão (excluindo os efeitos não-caixa) foi de R$ 1.907 milhões, aumento de 10,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A margem Ebitda ajustada foi de 68,9%, acréscimo de 5,6 p.p. em relação ao segundo trimestre de 2022
• O lucro líquido ajustado no período foi de R$ 806 milhões, 56,8% a mais que o 2T22, principalmente em decorrência da queda nas despesas financeiras como resultado da redução do IPCA.
• Reconhecimento do valor de R$ 243 milhões, referente ao direito de extensão da concessão da Usina Hidrelétrica Estreito por excludente de responsabilidade.
• Aprovado acordo de investimento, com subscrição de R$ 1 bilhão em ações preferenciais e 12,34% do capital social pelo Itaú Unibanco, na controlada indireta Maracanã Geração de Energia (Conjunto Eólico Serra do Assuruá).

Outros destaques:

• Com a conclusão da operação de venda da Usina Termelétrica Pampa Sul em 31 de maio, última usina a carvão do portfólio, a Companhia torna-se a maior geradora de energia elétrica 100% renovável do país.
• A Companhia arrematou o Lote 5, com aproximadamente 1.000 quilômetros de extensão, localizado nos estados da Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo, no 1º Leilão de Transmissão Aneel de 2023.
• Consolidada a aceleração da Jornada pelo Clima, com definição de metas e compromissos claros e mensuráveis, abrangendo os escopos 1, 2 e 3.

A ENGIE Brasil Energia (EGIE3) registrou lucro líquido ajustado de R$ 806 milhões no segundo trimestre de 2023, incremento de 56,8% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita operacional líquida foi de R$ 2,6 bilhões, queda de 12,9% frente ao 2T22, em razão da conclusão dos Sistemas de Transmissão Gralha Azul e Novo Estado. O Ebitda ajustado diminuiu 5,2%, atingindo R$ 1,8 bilhão no período. Já o Ebitda ajustado por efeitos de transmissão apresentou aumento de 10,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior, de R$ 1,7 bilhão para R$ 1,9 bilhão. A margem Ebitda ajustada avançou 5,6 pontos percentuais, chegando a 68,9%.
A redução na quantidade de energia vendida foi motivada pela disponibilização de menor volume destinado aos consumidores livres, bem como às distribuidoras, neste caso em decorrência da alienação da subsidiária Pampa Sul. Adicionalmente foi verificada menor receita com a remuneração dos ativos de contrato e efeitos da revisão tarifária periódica dos empreendimentos de transmissão, que impactaram negativamente o Ebitda. Entretanto foram atenuados pelo reconhecimento de valores relativos à extensão de concessão da UHE Estreito, redução de compras de energia e aumento do preço médio líquido de venda de energia.
Os efeitos mencionados também influenciaram o lucro líquido ajustado, além da combinação de redução nas despesas financeiras líquidas com o acréscimo dos valores apurados de IR (Imposto de Renda) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) pelo aumento do lucro entre os períodos observados.
“Nossa responsabilidade financeira, composta sobretudo pela alocação eficiente de capital, estratégia comercial antecipativa, gestão ativa dos custos e sólida geração de caixa representam nossa licença para crescer. Estamos atentos aos movimentos de mercado e conscientes de que essa disciplina, combinada com bem-sucedidas decisões de investimento para a diversificação e crescimento, é o que garante a sustentabilidade econômica da Companhia”, disse Eduardo Sattamini, Diretor-Presidente e de Relações com Investidores da ENGIE Brasil Energia.
“Seguimos comprometidos com a prosperidade dos negócios, o respeito às pessoas e ao meio ambiente, maximizando impactos positivos da nossa atuação de forma sistêmica”, complementa.

Geradora 100% renovável
Com a conclusão da venda da Usina Termelétrica Pampa Sul em maio, a ENGIE Brasil Energia se tornou a maior empresa de geração de energia 100% renovável do país. “Trata-se de um marco da estratégia iniciada em 2015. Planejada e realizada com rigor, nos últimos seis anos investimos mais de R$ 20 bilhões na transição energética, incluindo aportes em energia limpa e implantação de linhas de transmissão no período”, acrescenta Sattamini.
A redução significativa das emissões de Gases de Efeito Estufa originadas no Escopo 1 (operações) e 2 (consumo de energia), aliada aos investimentos em energia renovável, fez com que a intensidade das emissões de CO2 em 2023 fosse reduzida em mais de 86% quando comparada aos indicadores de 2021 e, por isso, a estratégia climática da ENGIE Brasil Energia entrou em uma nova fase. Agora o foco do programa Jornada Pelo Clima está nas atividades indiretas, ou seja, no Escopo 3, que envolve compras de materiais, transporte e outros serviços, que juntas representam quase a totalidade as emissões de gases de efeito estufa observadas em 2023. “Este trabalho requer amplo entendimento e engajamento da cadeia de fornecimento – e estamos centrados em fazer isso acontecer de forma responsável”, destaca Sattamini.
No 2T23, o Conselho de Administração aprovou as metas e compromissos climáticos da Companhia, incluindo o engajamento de 100% dos principais fornecedores do Escopo 3 para definirem metas alinhadas à ciência até 2030. A Companhia também se comprometeu a reduzir a intensidade de emissões de gases de efeito estufa em 30% até 2025 e 56% até 2030 (medido em tCO2e/MWh). Além disso, planeja elaborar planos de adaptação climática em 100% dos ativos até 2030 e realizar treinamentos regulares para colaboradores, diretoria executiva e conselheiros de administração duas vezes ao ano.

Expansão em energia renovável
O plano de expansão da geração renovável segue pujante, com a implantação de três empreendimentos na Região Nordeste. “Olhando para o futuro, e somando os investimentos planejados entre 2023 e 2025, serão R$ 14,5 bilhões injetados em nossa estratégia de crescimento, dos quais R$ 10,5 bilhões destinados à geração renovável”, explica Sattamini.
Na conta, somam-se o Conjunto Eólico Santo Agostinho, no Rio Grande do Norte, que no segundo trimestre de 2023 atingiu 73% de progresso geral da obra. Ao todo, 12 unidades geradoras estão em operação comercial e outras 15 autorizadas para a fase de testes. A previsão de conclusão integral da implantação do projeto permanece para o quarto trimestre de 2023. Quando concluído, agregará 434 MW de capacidade instalada à ENGIE Brasil Energia.
Também no Rio Grande do Norte está planejada a implantação do Conjunto Fotovoltaico Assú Sol, que terá 750 MW de capacidade instalada. Com a obtenção das licenças de instalação no período, foram iniciadas as atividades do projeto, como ensaios, sondagens e estudos preliminares.
Por fim, no município de Gentio do Ouro, na Bahia, evoluíram os trabalhos de implantação do Conjunto Eólico Serra do Assuruá, composto por 24 parques a serem implantados em fase única, totalizando 846 MW. Para esse empreendimento, foi aprovado acordo de investimento, com subscrição de R$ 1 bilhão em ações preferenciais, representando 12,34% do capital social, pelo Itaú Unibanco.

Segmento de transmissão
A ENGIE conquistou o Lote 5 do Leilão de Transmissão 01/2023 promovido pela Aneel, que se refere à concessão para implantação e operação de mais de mil quilômetros de linhas de transmissão, que percorrerão os Estados da Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo, crítico para aumentar a capacidade de escoamento da energia renovável gerada na região Nordeste para o Sudeste.
“Ganhamos o nosso quarto ativo em transmissão em um certame com disputas acirradas, no qual pudemos demonstrar nossa competitividade com disciplina financeira, mantendo o foco na capacidade de entrega, qualidade, segurança e diligência em relação ao prazo e ao retorno do investimento”, explica Sattamini.
As linhas de transmissão e subestações de Gralha Azul e Novo Estado continuam entregando altos níveis de disponibilidade (99,97%) e a Companhia segue com a implantação do Projeto Gavião Real, composto pela ampliação da Subestação Itacaiúnas, para atendimento da rede de distribuição de energia do estado do Pará, e que ficará integrado a Novo Estado.

Comercialização de Energia
O preço médio dos contratos de venda de energia, líquido dos tributos sobre a receita e das operações de trading foi de R$ 219,80/MWh no 2T23, valor 1,5% superior ao registrado no 2T22. A elevação do preço foi motivada pela atualização monetária dos contratos vigentes e reajuste do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) mínimo entre os períodos.
A quantidade de energia vendida no 2T23, sem considerar as operações de trading, foi de 9.289 GWh (4.253 MW médios), volume 4,1% inferior ao comercializado no 2T22. A redução foi motivada pela disponibilização de menor volume destinado aos consumidores livres e pela redução do volume de vendas às distribuidoras em decorrência da alienação da subsidiária Pampa Sul.
Em linha com o contexto de abertura do Mercado Livre de Energia, no 2T23 a quantidade de consumidores livres aumentou 23,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. A Companhia continua fortalecendo a sua presença junto a empresas de diferentes portes, oferecendo desde soluções mais simples de migração com fornecimento de energia renovável até ofertas de soluções para a descarbonização das operações dos clientes.
E por acreditar que a inovação é uma peça-chave nesta caminhada, foi lançada em julho a plataforma digital Descarbonize, fruto de um contrato de investimento assinado pela ENGIE Brasil Energia em dezembro de 2022 em uma startup no modelo de venture capital. A solução realiza a contabilização de emissões de gases de efeito estufa, rastreamento e compensação de carbono, e é voltada para pequenas e médias empresas no mercado voluntário.

Desempenho de ações
As ações da ENGIE Brasil Energia registraram crescimento de 18,6% no período, frente às valorizações de 21,7% e 15,9% do Índice do Setor de Energia Elétrica (IEEX) e do Ibovespa, respectivamente. O volume médio diário da EGIE3 foi de R$ 71,0 milhões no trimestre, 7,3% acima do registrado do mesmo período do ano anterior, quando atingiu R$ 66,1 milhões.

Distribuição de dividendos
O Conselho de Administração aprovou a distribuição de R$ 767,2 milhões (R$ 0,94027879765/ação) sob forma de dividendos intercalares equivalente a 55% do lucro líquido distribuível do primeiro semestre de 2023. As ações deverão ser negociadas ex-dividendos a partir de 22 de agosto de 2023 e a data de pagamento será definida posteriormente pela Diretoria Executiva. A redução do payout pela Companhia respeita sua política indicativa de dividendos e tem como objetivo manter estrutura de capital robusta, possibilitando captura de oportunidades de curto prazo, bem como fazer frente ao plano de investimentos e demais compromissos.

Sobre a ENGIE

A ENGIE é referência mundial em energia de baixo carbono e serviços. Com seus 96.000 colaboradores, clientes, parceiros e stakeholders, o Grupo está comprometido em acelerar a transição para um mundo neutro em carbono, através do consumo reduzido de energia e soluções mais sustentáveis. Inspirada em seu propósito, a ENGIE concilia performance com um impacto positivo sobre as pessoas e o planeta se apoiando em suas atividades chave (gás, energia renovável e serviços) para oferecer soluções competitivas aos seus clientes. Faturamento em 2022: 93,9 bilhões de Euros.

No Brasil, a ENGIE, empresa líder em energia renovável do país, atua em geração, comercialização e transmissão de energia elétrica, transporte de gás e soluções energéticas. Com capacidade instalada própria de cerca de 10 GW em 77 usinas, o que representa cerca de 6% da capacidade nacional, a empresa possui 100% de sua capacidade instalada proveniente de fontes renováveis e com baixas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), como usinas hidrelétricas, eólicas, solares e a biomassa.

A ENGIE é também a detentora da mais extensa malha de transporte de gás natural do país, com 4.500 km, que atravessam 10 estados e 191 municípios, graças à aquisição da Transportadora Associada de Gás – TAG, concluída em 2020.
Além disso, a ENGIE possui um portfólio completo em soluções integradas responsáveis por reduzir custos, emissões e melhorar infraestruturas para empresas, como ar comprimido, autoprodução solar local, biogás e biomassa, consultoria e gestão de energia, HVAC e subestações. Nas cidades, atuamos como parceira para tornar os espaços urbanos mais eficientes e sustentáveis, com soluções de iluminação pública, mobilidade elétrica e de district cooling.

Contando com 2.600 colaboradores, a ENGIE teve no país em 2022 um faturamento de R$ 12,8 bilhões.

A ENGIE está presente na B3 por meio de sua empresa de geração e comercialização de energia cujo ticker é o EGIE3. Na B3, a ENGIE integra o Novo Mercado, além de ser uma das únicas companhias listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial desde o início do ISE, em 2005. Em 2021, a B3 incluiu os papeis da ENGIE no Índice Carbono Eficiente (ICO2), composto pelas ações das empresas participantes do IBrX 100 que possuem maior transparência em relação ao reporte das emissões dos GEE e de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.

O Grupo é negociado nas bolsas de Paris e Bruxelas (ENGI), sendo representado nos principais índices financeiros (CAC 40, Euronext 100, FTSE Euro 100, MSCI Europe) e índices não financeiros (DJSI World, Euronext Vigeo Eiris – Europe 120/France 20, MSCI EMU ESG screened, MSCI EUROPE ESG Universal Select, Stoxx Europe 600 ESG-X).

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