ENGIE Brasil Energia registra R$ 2,8 bilhões de lucro líquido ajustado em 2022, aumento de 16,7%

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Destaques

  • O lucro líquido ajustado no ano de 2022 foi de R$ 2.764 milhões, 16,7% acima do alcançado em 2021. Excluindo-se o reconhecimento da repactuação do risco hidrológico ocorrido em 2021, a elevação foi de 109,6%.
  • O Ebitda ajustado registrado no ano de 2022 foi de R$ 6.941 milhões, queda de 3,8% (R$ 276 milhões) em comparação ao ano de 2021. A margem Ebitda ajustada foi de 58,3% em 2022, acréscimo de 0,8 p.p. em relação a 2021. O Ebitda ajustado de 2022, líquido dos efeitos da repactuação do risco hidrológico ocorridos em 2021, apresentou acréscimo de 23,4%.
  • A receita operacional líquida da Companhia atingiu R$ 11.907 milhões no ano de 2022, 5,1% abaixo do montante apurado no ano de 2021.
  • O Conselho de Administração aprovou a proposta de distribuição de dividendos complementares no montante de R$ 1.455,2 milhões (R$ 1,7834/ação) O total de proventos relativos a 2022 atingirá R$ 2.705,9 milhões (3,3163/ação), equivalente a 100% do lucro líquido ajustado de 2022.

A ENGIE Brasil Energia (EGIE3) registrou lucro líquido ajustado no ano de 2022 de R$ 2,8 bilhões, valor 16,7% (R$ 395 milhões) acima do alcançado no ano de 2021. O Ebitda ajustado foi 3,8% menor do que no ano anterior, chegando a R$ 6,9 bilhões em 2022. Excluindo-se o reconhecimento da repactuação do risco hidrológico ocorrido em 2021, a elevação do lucro líquido foi de 109,6% e o incremento no Ebitda alcançou 23,4%.

“Em 2022, destacamos um cenário hidrológico favorável, possibilitando a sincronia entre a geração hidrelétrica, que é a bateria do nosso sistema, e a intermitência das fontes eólica e solar, em acelerada expansão de capacidade instalada no país em função dos subsídios ainda vigentes nestas fontes alternativas de energia”, diz Eduardo Sattamini, Diretor-Presidente e de Relações com Investidores da ENGIE Brasil Energia. “Mesmo que a boa hidrologia leve à queda dos preços de liquidação de energia no curto prazo, estamos muito bem-posicionados na gestão da contratação do portfólio, o que confere estabilidade aos nossos resultados”, conclui Sattamini.

A receita operacional líquida da Companhia superou R$ 11,9 bilhões no acumulado do ano, valor 5,1% abaixo do registrado em 2021, resultado da redução da receita de construção das linhas de transmissão, decorrente do avanço das obras, e de menor receita das operações de trading. Estes efeitos foram atenuados pelo aumento de 4,3% no volume de energia vendida (37.932 GWh, 4.330 MW médios), sem considerar as operações de trading, e também pelo maior preço médio de venda, que atingiu R$ 222,85/MWh em 2022, valor 11,5% superior ao registrado em 2021.

A elevação foi motivada pela atualização monetária dos contratos vigentes, pela redução dos ressarcimentos previstos nos contratos no ambiente regulado e pela aquisição dos Conjuntos Fotovoltaicos Floresta e Paracatu, ativos com energia contratada a preços superiores à média do restante do portfólio da Companhia. Estes efeitos foram parcialmente atenuados pela redução nos preços do mercado de curto prazo, em decorrência, principalmente, da melhor hidrologia.

Investimentos

Em 2022, a ENGIE investiu R$ 3,1 bilhões, divididos entre a aquisição de projetos de geração renovável, construção de novos projetos de transmissão e geração, e manutenção, revitalização e modernização do parque gerador.

 No âmbito da geração, a implantação do Complexo Eólico Santo Agostinho, no Rio Grande do Norte, chegou ao final de 2022 em estágio avançado e deve entrar gradualmente em operação a partir do 1T23. O crescimento em renováveis se fortaleceu ainda com o anúncio do início da implantação de outros dois projetos da ENGIE Brasil Energia no país. O primeiro é o Conjunto Eólico Serra do Assuruá, localizado em Gentio do Ouro (BA), com 846 MW de capacidade instalada e investimento da ordem de R$ 6 bilhões. O segundo é o Conjunto Fotovoltaico Assú Sol, em Assú (RN), que terá 752 MW de capacidade instalada e investimentos de R$ 3,3 bilhões, situado em área contígua às usinas fotovoltaicas que a Companhia já opera no município.

“Esses dois novos empreendimentos representam os maiores projetos eólico e fotovoltaico, respectivamente, já implantados pelo Grupo ENGIE no Brasil. Em curto prazo, considerando Santo Agostinho, Serra do Assuruá e Assu Sol, ultrapassaremos 2 GW de capacidade renovável instalada em implantação, o que reflete a evolução das nossas competências e a total confiança na capacidade de nossas equipes para executá-los com excelência, aliando qualificação técnica às boas práticas socioambientais na implantação de projetos”, complementa Sattamini.

Já no Norte do país, o Sistema de Transmissão Novo Estado avançou à fase final de construção, para entrar em operação integral no 1T23, com a energização total dos 1,8 mil quilômetros de linhas e operação de subestações nos estados do Tocantins e Pará.

A partir do 1T23, também será iniciada a implantação do projeto Gavião Real, integrado ao sistema Novo Estado, e que é composto pela ampliação da Subestação Itacaiúnas, com implantação de dois transformadores 230/138kV e novo pátio de 138 kV para atendimento da rede de distribuição de energia do estado do Pará. O prazo limite para o início da operação da linha de transmissão é 30 de março de 2026, mas a ENGIE visualiza antecipação desse prazo em ao menos 24 meses, além de uma redução de capex da ordem de 30% sobre o investimento previsto pela Aneel.

Desempenho Operacional

No segmento de Geração, considerando todas as paradas programadas e forçadas, as usinas operadas pela ENGIE Brasil Energia atingiram índice de disponibilidade de 92,5%, sendo 95,2% nas usinas hidrelétricas, 88,4% nas usinas de fontes complementares e 48,3% na Usina Termelétrica Pampa Sul.

A geração global das usinas operadas pela Companhia em 2022 foi de 43.912 GWh (5.013 MW médios), resultando em uma produção 28,3% superior ao ano de 2021, quando o total gerado foi de 34.217 GWh (3.906 MW médios), desconsiderando-se a geração do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em razão da sua venda, em outubro de 2021.

Na Transmissão, os sistemas Gralha Azul e Novo Estado também apresentaram alto desempenho operacional em 2022, com um índice de disponibilidade total de 99,97%. Os ativos entraram em operação comercial de maneira gradativa ao longo de 2021 e 2022, e terão sua integração concluída no início de 2023, quando o restante das linhas de transmissão e subestações entrarão em operação.

Presença no ISE pelo 18º ano consecutivo

Em 2022, pelo 18º ano consecutivo, a ENGIE Brasil Energia teve mais uma vez suas ações incluídas nos Índices de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da B3 – Brasil, Bolsa, Balcão S.A. A Companhia teve peso de 2,3% da carteira, listada na 10ª posição geral, dentre as 70 componentes, sendo a representante do setor elétrico com maior participação no Índice.

O ISE ainda considera na composição do score o desempenho no CDP (antigo Carbon Disclosure Project), incorporando à análise informações sobre a dimensão de mudanças climáticas. A ENGIE Brasil Energia, em 2022, obteve a classificação “B” – terceira melhor pontuação -, no primeiro reporte sobre sua gestão de carbono ao CDP divulgado em dezembro.

A Companhia também foi selecionada para compor a nova carteira do Índice Carbono Eficiente (ICO2) da B3, pelo terceiro ano. O Índice tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudanças do clima no Brasil. As empresas incluídas no ICO2 são participantes do IBrX 100 e demonstram seu compromisso com o meio ambiente e transparência nas emissões, além de antecipar a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.

“Ser parte do ICO2 demonstra que nossa atuação e transparência no tema estão no caminho certo. Em 2023 devemos atingir um importante marco em nossa trajetória de baixo carbono, ao nos tornarmos um gerador 100% renovável. Continuaremos com o compromisso de envolver fornecedores e a sociedade como um todo nessa jornada”, completa Sattamini.

Em setembro de 2022, com a assinatura do contrato da Usina Termelétrica Pampa Sul, a Companhia deu um passo importante rumo à saída das operações a carvão no país. A partir da conclusão da transação, esperada para o primeiro semestre de 2023, a ENGIE garantirá um parque gerador 100% renovável no Brasil, desempenhando um importante papel para a estratégia global do Grupo.

Desde que decidiu descarbonizar seu portfólio de ativos no país, em 2016, a Companhia já direcionou mais de R$ 20 bilhões em investimentos para a ampliação de fontes diversificadas de energia limpa e infraestrutura de transmissão.

Dividendos e juros sobre capital próprio

O Conselho de Administração aprovou a distribuição de dividendos complementares no montante de R$ 1,455 bilhão. O total de proventos relativos a 2022 será equivalente a 100% do lucro líquido ajustado de 2022.

Desempenho das ações

No acumulado de 2022, as ações da ENGIE Brasil Energia registraram crescimento de 6,1%, enquanto o Índice do Setor de Energia Elétrica (IEEX) e o Ibovespa valorizaram 3,1% e 4,7%, respectivamente. No acumulado do ano de 2022, o volume médio diário de negociação alcançou R$ 66,8 milhões, acréscimo de 10,9% em relação ao ano de 2021.

Sobre a ENGIE

A ENGIE é referência mundial em energia de baixo carbono e serviços. Com seus 96.000 colaboradores, clientes, parceiros e stakeholders, o Grupo está comprometido em acelerar a transição para um mundo neutro em carbono, através do consumo reduzido de energia e soluções mais sustentáveis. Inspirada em seu propósito, a ENGIE concilia performance com um impacto positivo sobre as pessoas e o planeta se apoiando em suas atividades chave (gás, energia renovável e serviços) para oferecer soluções competitivas aos seus clientes. Faturamento em 2022: 93,9 bilhões de Euros.

No Brasil, a ENGIE, empresa líder em energia renovável do país, atua em geração, comercialização e transmissão de energia elétrica, transporte de gás e soluções energéticas. Com capacidade instalada própria de cerca de 10 GW em 77 usinas, o que representa cerca de 6% da capacidade nacional, a empresa possui 100% de sua capacidade instalada proveniente de fontes renováveis e com baixas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), como usinas hidrelétricas, eólicas, solares e a biomassa.

A ENGIE é também a detentora da mais extensa malha de transporte de gás natural do país, com 4.500 km, que atravessam 10 estados e 191 municípios, graças à aquisição da Transportadora Associada de Gás – TAG, concluída em 2020.
Além disso, a ENGIE possui um portfólio completo em soluções integradas responsáveis por reduzir custos, emissões e melhorar infraestruturas para empresas, como ar comprimido, autoprodução solar local, biogás e biomassa, consultoria e gestão de energia, HVAC e subestações. Nas cidades, atuamos como parceira para tornar os espaços urbanos mais eficientes e sustentáveis, com soluções de iluminação pública, mobilidade elétrica e de district cooling.

Contando com 2.600 colaboradores, a ENGIE teve no país em 2022 um faturamento de R$ 12,8 bilhões.

A ENGIE está presente na B3 por meio de sua empresa de geração e comercialização de energia cujo ticker é o EGIE3. Na B3, a ENGIE integra o Novo Mercado, além de ser uma das únicas companhias listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial desde o início do ISE, em 2005. Em 2021, a B3 incluiu os papeis da ENGIE no Índice Carbono Eficiente (ICO2), composto pelas ações das empresas participantes do IBrX 100 que possuem maior transparência em relação ao reporte das emissões dos GEE e de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.

O Grupo é negociado nas bolsas de Paris e Bruxelas (ENGI), sendo representado nos principais índices financeiros (CAC 40, Euronext 100, FTSE Euro 100, MSCI Europe) e índices não financeiros (DJSI World, Euronext Vigeo Eiris – Europe 120/France 20, MSCI EMU ESG screened, MSCI EUROPE ESG Universal Select, Stoxx Europe 600 ESG-X).

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