ENGIE foca sua estratégia em renováveis e descarbonização

O Brasil é central na estratégia da ENGIE de ampliar a geração de energia renovável, construir infraestrutura para transporte de energia e gás natural, bem como soluções para cidades e de descarbonização. Tal cenário foi traçado pelo CEO da ENGIE Brasil, Maurício Bähr, na abertura do ENGIE Day, que aconteceu nesta quarta-feira (02.08), no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, reunindo cerca de 500 pessoas, dentre clientes, fornecedores, acionistas e colaboradores da ENGIE, além de autoridades do setor de energia.
O executivo destacou o papel do Brasil no atingimento das metas globais do grupo de chegar ao net zero em 2045 e a 80 mil MW de capacidade de geração de energia renovável em 2030. “Temos projetos de 2.000 MW em energia renovável no país, com investimentos que superam R$ 10 bilhões. Além disso, estamos ampliando a rede de gasodutos da Transportadora Associada de Gás (TAG) e vencemos leilão para mais uma linha de transmissão, de 1.000 Km, que irá levar energia do Nordeste para o Sudeste. Esses empreendimentos estão alinhados com o nosso propósito de agir para acelerar a transição energética justa”, ressaltou Bähr.
Nesse contexto, a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Gannoum, afirmou que estudos recentes apontam que, até 2040, o Brasil terá o dobro de demanda de energia que possui hoje e que, portanto, o país precisa investir na sua capacidade instalada – em todas as fontes renováveis.
Heloísa Borges, diretora de Estudos de Petróleo e Gás Natural da EPE, destacou que o Brasil tem uma grande “abundância de recursos naturais e potencial para atração de investimentos. Nossa matriz energética hoje é o que o mundo planeja para 2050”, afirmou.
Gannoum lembrou ainda que é fundamental a aprovação de projetos de lei que promovam segurança jurídica para atrair mais investimentos para o país, tais como o PL de eólicas offshore, o PL de hidrogênio verde e o PL de mercado de carbono, “fundamentais para garantir a transição energética no Brasil”.
Para Ana Meyer, desenvolvedora de negócios de Hidrogênio Verde da ENGIE, o hidrogênio é uma das grandes vocações do Brasil porque o país tem todos os fundamentos necessários e recursos naturais competitivos. “É uma grande oportunidade para a descarbonização da indústria. Siderurgia, mineração e petroquímico são setores intensivos em consumo energético e o hidrogênio surge para descarbonizar esses processos”, afirma.
Indústria e eficiência energética
Ainda que o uso do solo represente a maior fatia das emissões do Brasil, a indústria precisa avançar em eficiência energética especialmente por meio da troca de equipamentos obsoletos, segundo Venilton Tadini, presidente da Abdib.
Nesse sentido, a ENGIE oferece produtos e serviços para ajudar clientes a descarbonizarem suas atividades. “Quando encontramos, na indústria, vários processos e equipamentos obsoletos, consumindo energia acima da média, vemos nisso ‘o começo do fim’. E aí ou fazemos alguma coisa para melhorar ou não vamos ser competitivos”, disse João Pínola, diretor de Utilities da ENGIE Soluções.
Um dos pontos a serem endereçados é o financiamento, no qual o BNDES se insere como um agente fundamental. Uma das ideias para aumentar os recursos destinados às energias renováveis é utilizar o Fundo Clima, segundo Luciana Costa, diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudanças Climáticas do BNDES. “Temos uma janela de oportunidade para sermos uma potência em renováveis e podemos usar o Fundo Clima.”
Gás Natural
Segundo Gustavo Labanca, diretor-presidente da TAG e que também esteve presente em um dos painéis do evento, “passados dois anos e meio da Nova Lei do Gás, o país precisa da regulamentação de pontos da lei e harmonização das legislações estaduais para fomentar o segmento e consolidar a abertura, que já se traduziu em mais agentes e maior dinamismo do segmento, e para promover a complementaridade da geração renovável e para que o gás traga segurança energética”.
Transição justa
Para que o processo de transição energética ocorra de forma justa é necessário que toda a sociedade seja beneficiada, especialmente os mais vulneráveis, e de forma célere. Segundo Sérgio Besserman, representante do Brasil no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a crise climática vai se abater sobre os mais vulneráveis de forma dramática. “Estamos falando de pobres, das vítimas de racismo ambiental e das mulheres. Coisas que estavam previstas para daqui 15 anos já estão ocorrendo agora”.
Já Suzana Kahn, diretora da Coppe/UFRJ, apontou para a necessidade de investimentos de forma ampla. “Não existe nenhuma nação no mundo que tenha se desenvolvido sem investir em ciência e tecnologia. Se não estivermos atentos a essa nova era de conhecimento, vamos nos afastar do movimento da liderança mundial”.
Diversidade e inclusão
De acordo com Renata Spada, Head Global de Talentos e Diversidade, Equidade e Inclusão da ENGIE, um dos objetivos da empresa é ampliar a diversidade de seus recursos humanos. “Uma das nossas metas é atingir pelo menos 40% de mulheres nos cargos gerenciais do Grupo até 2030. E temos programas de educação para que este objetivo avance”.
Juliana Kaiser, fundadora da Trilhas de Impacto, ressaltou a carência do número de mulheres em níveis hierárquicos mais elevados nas empresas: “Há ainda preconceito com mulheres em cargos de liderança de uma maneira geral, mas eu estou otimista. As empresas, especialmente as listadas em bolsa, terão que promover a mudança e isso vai acelerar o processo”.

Sobre a ENGIE

A ENGIE é referência mundial em energia de baixo carbono e serviços. Com seus 96.000 colaboradores, clientes, parceiros e stakeholders, o Grupo está comprometido em acelerar a transição para um mundo neutro em carbono, através do consumo reduzido de energia e soluções mais sustentáveis. Inspirada em seu propósito, a ENGIE concilia performance com um impacto positivo sobre as pessoas e o planeta se apoiando em suas atividades chave (gás, energia renovável e serviços) para oferecer soluções competitivas aos seus clientes. Faturamento em 2022: 93,9 bilhões de Euros.

No Brasil, a ENGIE, empresa líder em energia renovável do país, atua em geração, comercialização e transmissão de energia elétrica, transporte de gás e soluções energéticas. Com capacidade instalada própria de cerca de 10 GW em 77 usinas, o que representa cerca de 6% da capacidade nacional, a empresa possui 100% de sua capacidade instalada proveniente de fontes renováveis e com baixas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), como usinas hidrelétricas, eólicas, solares e a biomassa.

A ENGIE é também a detentora da mais extensa malha de transporte de gás natural do país, com 4.500 km, que atravessam 10 estados e 191 municípios, graças à aquisição da Transportadora Associada de Gás – TAG, concluída em 2020.
Além disso, a ENGIE possui um portfólio completo em soluções integradas responsáveis por reduzir custos, emissões e melhorar infraestruturas para empresas, como ar comprimido, autoprodução solar local, biogás e biomassa, consultoria e gestão de energia, HVAC e subestações. Nas cidades, atuamos como parceira para tornar os espaços urbanos mais eficientes e sustentáveis, com soluções de iluminação pública, mobilidade elétrica e de district cooling.

Contando com 2.600 colaboradores, a ENGIE teve no país em 2022 um faturamento de R$ 12,8 bilhões.

A ENGIE está presente na B3 por meio de sua empresa de geração e comercialização de energia cujo ticker é o EGIE3. Na B3, a ENGIE integra o Novo Mercado, além de ser uma das únicas companhias listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial desde o início do ISE, em 2005. Em 2021, a B3 incluiu os papeis da ENGIE no Índice Carbono Eficiente (ICO2), composto pelas ações das empresas participantes do IBrX 100 que possuem maior transparência em relação ao reporte das emissões dos GEE e de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.

O Grupo é negociado nas bolsas de Paris e Bruxelas (ENGI), sendo representado nos principais índices financeiros (CAC 40, Euronext 100, FTSE Euro 100, MSCI Europe) e índices não financeiros (DJSI World, Euronext Vigeo Eiris – Europe 120/France 20, MSCI EMU ESG screened, MSCI EUROPE ESG Universal Select, Stoxx Europe 600 ESG-X).

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