Jirau recebe principal certificação de sustentabilidade de hidrelétricas do mundo

Renováveis

A Usina Hidrelétrica Jirau, quarta maior geradora de energia elétrica do Brasil, recebeu o mais alto nível de certificação de acordo com a Norma de Sustentabilidade Hidroelétrica do mundo, concedido pelo Conselho de Sustentabilidade Hidroelétrica. Jirau é a primeira hidrelétrica do Brasil a receber esta certificação criada em 2021, após rigorosa avaliação independente conduzida por uma equipe de avaliadores credenciados que estiveram na usina. Jirau é a segunda hidrelétrica no mundo a ser reconhecida com este grau de certificação.

“Estamos muito felizes e honrados por termos alcançado essa certificação inédita no Brasil. Nós nos empenhamos desde o início do projeto em sermos sustentáveis e superação é a palavra que resume a memória que tenho da época da construção. Este ano, comemoramos 10 anos de operação e esse prêmio chega como um importante reconhecimento a todo nosso trabalho”, destaca Maurício Bähr, CEO da ENGIE Brasil e Presidente do Conselho de Administração da Jirau Energia, que tem como acionistas ENGIE (40%), Eletrobras Eletrosul (20%), Eletrobras Chesf (20%) e Mitsui (20%).
O compromisso de Jirau com a sustentabilidade ficou evidente desde o projeto inicial, quando a usina passou por uma avaliação, em 2012, com base na ferramenta do Protocolo de Avaliação de Sustentabilidade Hidroelétrica (HSAP), também pertencente ao Conselho de Sustentabilidade Hidroelétrica. A construção da hidrelétrica se baseou no modelo de engenharia otimizada, que, além de usar os mais modernos critérios técnicos, também levava em consideração os cuidados com o meio ambiente. Localizada a 120 km de Porto Velho (RO), a usina converte o potencial do rio Madeira em energia renovável a partir de 50 unidades geradoras que somam 3.750 MW de capacidade instalada, sendo a primeira no ranking de disponibilidade operacional, segundo o Operador Nacional do Sistema ONS.

“Nossos esforços não se restringem às questões ambientais. Nós também mantemos programas voltados para o desenvolvimento e a capacitação da população da região e grupos específicos, como os pescadores. Esse compromisso é evidenciado nos resultados da avaliação de Jirau”, destaca Edson Silva, diretor-presidente da Jirau Energia. “Jirau é uma prova de que é possível se desenvolver infraestrutura de forma responsável na região amazônica.”

Depois do processo de certificação e da visita feita à usina de Jirau, foi aberto um período de consulta pública de 60 dias, que permitiu que as partes interessadas analisassem e comentassem as conclusões da avaliação. O desempenho do projeto na avaliação excedeu as boas práticas, com pontuações superiores a 60% em todos os requisitos avançados para cada um dos 12 tópicos Ambientais, Sociais e de Governança (ESG) descritos na Norma de Sustentabilidade Hidroelétrica.
“Tendo realizado a avaliação inicial do projeto Jirau utilizando o HSAP durante a construção, é muito gratificante retornar após uma década de operações e testemunhar o significativo avanço e consolidação das iniciativas ambientais e sociais, juntamente com os impactos positivos gerados pelo projeto” observou Joerg Hartmann, líder da avaliação de 2023 e que também fez parte da equipe de avaliação em 2012. “Por termos colaborado anteriormente com a Jirau Energia, estamos otimistas quanto à persistência dessa equipe dedicada no que se refere ao trabalho continuado em questões remanescentes, especialmente em áreas relativas à subsistência das comunidades locais e à biodiversidade aquática, mesmo que já tenha sido atingida a certificação em nível Gold”.
Projetos de Jirau são voltados para a Agenda ESG
Desde o início do projeto, a companhia investe em estudos de monitoramento das espécies nativas do entorno da usina com o objetivo de garantir a preservação da biodiversidade da região. A recuperação das áreas onde houve interferência por conta das obras é outra importante frente de atuação. Atualmente, 630 hectares estão sendo reflorestados com o apoio de 28 viveiros familiares, o que também gera renda para esses pequenos produtores rurais, sendo este trabalho certificado pelo IBAMA, como boas práticas, no licenciamento ambiental.
“Jirau é integrada econômica, ambiental e socialmente à região onde está instalada”, resume Edson. O executivo explica que a companhia também segue investindo no desenvolvimento de Nova Mutum Paraná, construída para ser a nova moradia das famílias que habitavam a beira do Rio Madeira na região em condições desfavoráveis e foram relocadas para a permitir a construção da usina. O distrito tem mais de dois milhões de metros quadrados de extensão e capacidade para receber seis mil pessoas. Com ares de cidade já consolidada, Nova Mutum Paraná conta com saneamento básico, ruas asfaltadas, escolas públicas, creches, iluminação pública, telefonia, igrejas, internet, bem como diversidade de atividades comerciais e de lazer.
Outro grande legado de Jirau alinhado à agenda ESG é a contribuição da usina para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Certificada pela ONU, a usina é o maior projeto de energia renovável do mundo registrado no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), evitando a emissão de seis milhões de toneladas de CO2 por ano.
O projeto também integrou a primeira emissão de Green Bonds do Grupo globalmente, além de ter sido financiado seguindo os Princípios do Equador.

Sobre a ENGIE

A ENGIE é referência mundial em energia de baixo carbono e serviços. Com seus 96.000 colaboradores, clientes, parceiros e stakeholders, o Grupo está comprometido em acelerar a transição para um mundo neutro em carbono, através do consumo reduzido de energia e soluções mais sustentáveis. Inspirada em seu propósito, a ENGIE concilia performance com um impacto positivo sobre as pessoas e o planeta se apoiando em suas atividades chave (gás, energia renovável e serviços) para oferecer soluções competitivas aos seus clientes. Faturamento em 2022: 93,9 bilhões de Euros.

No Brasil, a ENGIE, empresa líder em energia renovável do país, atua em geração, comercialização e transmissão de energia elétrica, transporte de gás e soluções energéticas. Com capacidade instalada própria de cerca de 10 GW em 77 usinas, o que representa cerca de 6% da capacidade nacional, a empresa possui 100% de sua capacidade instalada proveniente de fontes renováveis e com baixas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), como usinas hidrelétricas, eólicas, solares e a biomassa.

A ENGIE é também a detentora da mais extensa malha de transporte de gás natural do país, com 4.500 km, que atravessam 10 estados e 191 municípios, graças à aquisição da Transportadora Associada de Gás – TAG, concluída em 2020.
Além disso, a ENGIE possui um portfólio completo em soluções integradas responsáveis por reduzir custos, emissões e melhorar infraestruturas para empresas, como ar comprimido, autoprodução solar local, biogás e biomassa, consultoria e gestão de energia, HVAC e subestações. Nas cidades, atuamos como parceira para tornar os espaços urbanos mais eficientes e sustentáveis, com soluções de iluminação pública, mobilidade elétrica e de district cooling.

Contando com 2.600 colaboradores, a ENGIE teve no país em 2022 um faturamento de R$ 12,8 bilhões.

A ENGIE está presente na B3 por meio de sua empresa de geração e comercialização de energia cujo ticker é o EGIE3. Na B3, a ENGIE integra o Novo Mercado, além de ser uma das únicas companhias listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial desde o início do ISE, em 2005. Em 2021, a B3 incluiu os papeis da ENGIE no Índice Carbono Eficiente (ICO2), composto pelas ações das empresas participantes do IBrX 100 que possuem maior transparência em relação ao reporte das emissões dos GEE e de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.

O Grupo é negociado nas bolsas de Paris e Bruxelas (ENGI), sendo representado nos principais índices financeiros (CAC 40, Euronext 100, FTSE Euro 100, MSCI Europe) e índices não financeiros (DJSI World, Euronext Vigeo Eiris – Europe 120/France 20, MSCI EMU ESG screened, MSCI EUROPE ESG Universal Select, Stoxx Europe 600 ESG-X).

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