As soluções de descarbonização oferecidas pela ENGIE são: Contrato de Energia Renovável da ENGIE (ENGIE-REC), Certificado de Energia Renovável (I-REC) e Crédito de Carbono. Estas soluções permitem ao cliente compensar, reduzir (de forma direta ou indireta) ou até zerar as suas emissões de GEE.

O modelo tradicional (PPA, da sigla em inglês Power Purchase Agreement) permite aos grandes consumidores industriais ou comerciais formar acordo com uma unidade geradora de energia, especificando entrega, preço, pagamento, entre outros termos.

O ENGIE-REC, embora seja similar, possui cláusulas adicionais, baseadas nos critérios estabelecidos pela Nota Técnica do Programa Brasileiro GHG Protocol, com diretrizes para contabilizar as emissões de Escopo 2. O contrato de fornecimento de energia renovável da ENGIE garante a origem da fonte da geração.

O certificado I-REC, (da sigla em inglês International Renewable Energy Certificate) é um título que garante a origem da energia renovável gerada, a partir da rastreabilidade da fonte. Trata-se de uma certificação transacionável e descolada da energia física em si e podem ser utilizados pelas organizações para a compensação das emissões de GEE de Escopo 2 de seus inventários. Cada I-REC equivale a 1 MWh de energia gerada e consumida.

O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo foi criado para auxiliar o processo de redução de emissões de GEE. Os projetos desenvolvidos no âmbito do MDL são implementados em países menos desenvolvidos e/ou em desenvolvimento, que podem vender Créditos de Carbono (ou CERs) para os países desenvolvidos. Isso ajuda no cumprimento de suas metas de redução de GEE.
Todas as informações e documentos oficiais referentes aos projetos de Créditos de Carbono no MDL (da validação ao registro e posterior verificação e emissão dos CERs) ficam públicos no site da UNFCCC. Cada Crédito de Carbono equivale a 1 tonelada de CO2 equivalente (tCO2e). Os CERs dos projetos de MDL podem ser utilizados por quaisquer empresas, instituições ou pessoas que queiram compensar suas emissões de CO2 de forma voluntária e transparente.

A eletricidade entregue pelos projetos de MDL da ENGIE para o Sistema Interligado Nacional (SIN) seria gerada de outra forma pela operação de um mix de usinas de energia conectadas à rede e pela adição de novas fontes de geração. Logo, os projetos de energias renováveis da ENGIE registrados no MDL geram reduções de emissões de GEE pelo deslocamento da eletricidade que, na linha de base, seria produzida por usinas termelétricas, movidas a combustíveis fósseis, conectadas à rede.
Os procedimentos e os cálculos para determinar as reduções de emissão de GEE atribuíveis aos projetos de energias renováveis da ENGIE no MDL são descritos na metodologia aprovada ACM0002 “Grid-connected electricity generation from renewable sources” (version 16.0), disponível no site da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC).

Os ENGIE-RECs permitem ao consumidor do Mercado Livre de Energia firmar acordo com uma unidade geradora de energia específica da ENGIE. Por meio desse contrato de geração, é garantido o consumo energia por fonte renovável, possibilitando que a empresa zere suas emissões de Escopo 2 em seu Inventário.
Os I-RECs são utilizados para compensar, especificamente, emissões de Escopo 2 (compra de energia elétrica), sem uma redução efetiva de emissões. Ele atesta que o consumo de energia elétrica é feito a partir de fontes renováveis.

Ja com os Créditos de Carbono, é possível reduzir efetivamente tanto as emissões diretas de GEE quanto as indiretas, permitindo compensar as emissões dos Escopos 1, 2 e 3, inclusive para anos anteriores ao do ano vigente do inventário de GEE.

Os escopos servem para contabilizar e elaborar inventários de GEE, e são classificados da seguinte forma:

Escopo 1: emissões diretas de GEE provenientes de fontes que pertencem ou são controladas pela empresa, como: emissões de combustão em caldeiras, fornos, veículos, produção de químicos em equipamentos de processos, sistemas HVAC, entre outras.

Escopo 2: emissões indiretas de GEE provenientes da aquisição de energias elétrica e térmica consumidas por uma determinada empresa.

Escopo 3: emissões indiretas geradas em atividades da empresa, a partir de fontes que não pertencem ou não são controladas pela empresa, como transporte, viagens de negócios, aquisição de energia revendida para consumidores finais (relatada pela companhia de energia), entre outras.

Os inventários de emissões, com as respectivas classificações, possibilitam que as empresas definam estratégias de redução e gestão de dos gases emitidos, estabelecendo metas de redução.

O GHG Protocol é uma ferramenta pública, utilizada para entender, quantificar e gerenciar emissões de GEE. É o método mais usado no mundo pelas empresas e governos para a realização de Inventários de GEE. É compatível com a norma ISO 14.064, que estabelece diretrizes e requisitos para desenvolver, relatar e gerenciar inventários de GEE, e com os métodos de quantificação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).

Não, os I-RECs podem ser adquiridos de forma avulsa, ou seja, desvinculados do contrato de compra e venda de energia.