O Plano de Manejo Sustentável de Pirarucu (Arapaima gigas) é desenvolvido desde 2013, no Programa de Monitoramento e Apoio à Atividade Pesqueira da Usina Hidrelétrica Jirau, da Energia Sustentável do Brasil S.A., que tem a ENGIE como acionista (com 40%). Foi estruturado a partir de demandas de colônias de pescadores da região e de órgãos ambientais de Rondônia. A equipe de Jirau desenvolveu estudos de viabilidade econômica, ambiental e social do projeto, e a área identificada com maior potencial foi a de lagos do Corte de Mercedes, em Guajará Mirim (RO), às margens do rio Mamoré. O Plano foi desenvolvido através de metodologias participativas, integrando o conhecimento tradicional e científico. Os pescadores foram capacitados em técnicas de contagem, despesca e processamento do pirarucu.

O trabalho foi desenvolvido em etapas: a primeira constou de entrevistas, visitas de campo e análise de imagens e mapas; a segunda, do treinamento de técnicos e profissionais locais, utilizando metodologia de avaliação do estoque de pirarucu no sistema ecológico; a terceira, do levantamento e discussão dos fatores para validação dos processos do manejo, bem como dos aportes necessários; e a quarta, da consolidação do comitê gestor, constituído pelos usuários do recurso, visando ao monitoramento do Plano e à sua sustentabilidade. Na região, a pesca do pirarucu está se tornando mais uma fonte de renda para os pescadores, melhorando a qualidade de vida das famílias.

Objetivos

• Contribuir com a sustentabilidade da pesca da espécie na região;
• Capacitar os pescadores em técnicas de beneficiamento, conservação e controle de qualidade do produto;
• Aumentar a renda a partir da comercialização do pirarucu legalizado, e com maior qualidade no processo de beneficiamento, agregando mais valor ao produto;
• Desenvolver a conscientização e a prática de conservação e sustentabilidade dos recursos naturais.

Resultados

• 17 famílias de pescadores envolvidas (grupo de manejadores);
• 406 peixes capturados, correspondendo a 32.837,4 kg.